sexta-feira, 25 de maio de 2012

Estereótipos estúpidos que carregamos



Desde que me entendo por gente, sempre fui uma pessoa muito comunicativa. Nas primeiras séries sempre me enturmei com todas as pessoas da classe e, até onde cabia a mim, não media esforços para fazer mais e mais amigos. Claro que muita gente não gostava disso. Até hoje existem pessoas - até mesmo da minha cidade - que me conhecem só por nome ou por causa dos meus pais e dizem que não me suportam ou que eu sou muito metida. Esse foi um dos primeiros estereótipos que tive de carregar.
Com o passar dos anos, sempre fui de me destacar na sala de aula. Não era para menos. Fui criada numa família que priorizava sempre a educação e o conhecimento em geral. Minha casa é cheia de livros e meus pais são muito cultos. Isso nunca foi segredo. Então, claro que era muito mais fácil para eu aprender coisas no colégio do que outras crianças que não tinham a mesma cultura familiar que a minha. Sempre li e escrevi muito, e me orgulho disso. Só que na sociedade em que vivemos, se destacar sempre em algo logo te dá o prêmio de ser rotulada de alguma coisa. Foi quando as pessoas começaram a me chamar de nerd.
Alguns podem dizer "Poxa, Su, mas ser nerd não é algo ruim" e eu até concordo. Mas, em uma cidade pequena como a que eu cresci ser "nerd" era um peso enorme, principalmente se seus pais também eram tidos como tais. Meus pais nunca cobraram muito de mim, como exigir que eu tirasse sempre notas boas, me reprimissem quando eu tirava uma nota menor ou escolher qual a carreira que eu deveria seguir. Isso sempre foi deixado claro para mim, que eu teria a liberdade de escolher o que queria e que eu sabia qual era minhas obrigações como estudante.
O problema não era a cobrança deles, era a cobrança das outras pessoas. Se eu não fosse bem na escola, as pessoas já criticavam, diziam que eu tinha que tirar notas altas já que os meus pais eram os dois muito inteligentes. E você, leitor, pode até dizer "mas você não deve se importar com o que as outras pessoas falam". Querido, vá dizer isso para uma criança de 6 anos que está na primeira série. Sim, desde muito cedo eu sentia essa pressão. E foi algo que eu tive e tenho que lidar com o qual até hoje. Só que agora, eu sei bem quais são as opiniões que são importantes para mim.
Vocês já devem ter percebido o tamanho do meu amor por cor-de-rosa. Eu amo tudo que é rosa e fofinho. Sou um pouco fresca, sim. E gosto de me cuidar. Já estão prevendo o próximo estereótipo? Sim, patricinha. Isso só reforçou a impressão de que eu seria metida. E as pessoas teriam mais um motivo de assim me chamar.
Mas, eu não me rotulo. Não sou patricinha, nem nerd, nem qualquer outra coisa. Eu sou uma mistura de tudo. Um pouco nerd, um pouco pati, um pouco doida, e muito, mas muito feliz mesmo. Acho que você deve gostar do que quiser, sem precisar pertencer a um só grupo, sem precisar ser só de uma turma. Quanto à ânsia das pessoas em te rotularem, deixa elas. Quem realmente importa é você. E você sabe quem é.

23 comentários:

  1. show !
    .. um ótimo texto SuRani ,

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  2. "Só que agora, eu sei bem quais são as opiniões que são importantes para mim."

    muito bom o texto!!! quando vamos ter algo novo sobre Cinema?? *---* :)

    Att, Valdeir S.

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  3. Parabéns pelo belíssimo texto! Acredito que textos assim podem ajudar outros adolescentes em igual situação. Continue assim, essa mocinha talentosa de quem eu sou fã.

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  4. Obrigada, Thércio.
    -
    Valdeir, estou preparando algo de um diretor que sou muito fã e estou esperando a tempos um certo filme dele. Aguarde ;) Obrigada!

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  5. Acho que vou mandar o link desse post para uma pessoa que precisa muito ler essas palavras! Parabéns Su, mais uma vez seu texto ficou lindo. Beijos.

    www.blogclose.com.br

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  6. Mande mesmo, Memy. Fico feliz de ajudar alguém que possa ter passado pelo mesmo que eu. Muito obrigada! :)

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  7. Adorei *--* Amei o novo visual aqui do blog ta lindoo :)

    http://souzadiinha.blogspot.com.br
    Beijos ^^

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  8. Também sofri demais... kkkkkkkkkkkkkkk' Por quase os mesmos motivos... ahaha É assim mermo.. kkk O bom da coisa é a surpresa e a 'quebrada de cara' das pessoas... rs

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  9. Ser nerd é como um mutante (do bem): O mundo zomba e não compreende, mas não consegue viver sem o talento deles. Parabéns, mocinha! Você não está sozinha nessa!

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  10. Ótimo texto Suzana e ameii o novo lay!
    beijos.
    http://anaclaudiac.blogspot.com.br/

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  11. Muito bacana o texto. Mas vou te falar: depois que você fica velha (leia-se aqui 23, 24 anos igual eu) você vê que nada disso importa mais e percebe o quanto foi tonta em ligar ou ao menos em se preocupar.

    O Fashion Jacket quer conhecer você. Responda a nossa pesquisa e ajude a melhorar ainda mais o blog: http://migre.me/9ch2w

    Beijos

    Nathália - Fashion Jacket
    http://fashionjacket.blogspot.com.br

    FacebookTwitterTumblr

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  12. deixem que falem o importante é que vc é linda e especial beijos keila .

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  13. Hoje é facil rotular as pessoas, mas realmente o que importa é o que vc sabe que é, e depois de um tempo você não liga mais para essas coisas...
    ótimo texto. você escreve muito bem.

    julianaleiteg.blogspot.com

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  14. Gostei muito do seu texto!! (:
    Nunca liguei pra isso. Já tive cabelo da cor do arco íris, já fui gótica, punk, já fui skin e nunca liguei. Sabe aquele 'botãozinho' que tu aperta pras pessoas explodirem?! Sempre usei ele!! ahahaha

    Um beijo! (:

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  15. Amei o texto, e obrigada pela visitinha no meu blog... Sei exatamente pelo o que você passa, as pessoas me julgam também por aparência, por ser loira ter olhos azuis e não ser burra ! HAHA é complicado eu entendo, ai qualquer coisa que você faça de errado, já vira maior bafafa! Mas engraçado é que eu não me sinto mal por isso, entenda que se você causa reação nas pessoas é porque você é uma pessoa de destaque e isso sempre vai incomodar os mais fracos, e se você é uma pessoa de destaque sempre tente dar o melhor de si e nunca ligar pros comentários mesquinhos de outros, BRILHE!

    http://drihzinha.blogspot.com.br/
    @drihh

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  16. A alguns anos atrás, na minha mente, uma pessoa inteligente não podia ser o que as pessoas chamam de "popular". Assim como as pessoas que eram "populares" não podiam ser muito inteligentes. É claro que um dia eu acabei notando que isso não tem nada a ver, mas durante muito tempo tachei as pessoas mais inteligentes como solitárias, tímidas, esse tipo de coisa. E as mais populares como burras e ignorantes.
    Sei que tudo isso é muito absurdo, mas foi ouvindo esse tipo de coisa que eu cresci e acabei acreditando nisso. Quanto ao que aos rótulos que colocam em nós, só podemos ignorar ou, na melhor das hipóteses, fazer disso uma brincadeira. As pessoas gostam de rotular as outras e infelizmente ninguém pode fazer nada contra isso.

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  17. Ah, esqueci de dizer que seu blog é lindo e os posts são maravilhosos. Gostei muito. BJS

    http://tipomari.blogspot.com

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  18. Oi, tudo bom?
    Lindo texto, senti muito de você nele, continue sempre dando tudo de si.
    As palavras nos movem as vezes e as suas me moveram hoje.
    Bom fim de semana!
    Território das garotas
    @territoriodg
    Bjss *-*
    Passa lá no blog?
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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  19. o importante é ser vc mesma.. sempre!

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  20. Olá :)
    Gostei do texto mas o mais importante é que você seja você mesma :)

    Ah,sobre os brincos eu estou em duvida...acho que vou presentear uma menina especial rsrs

    Beijos e tenha uma excelente semana
    RIMAS DO PRETO

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  21. Eu realmente gostei de tudo o que você disse. E eu meio que passei por tudo isso e ainda passo.
    Morei quase minha vida toda no interior, minha mãe professora, logo, as pessoas me cobravam notas boas e comportamento exemplar! Me mudei para a Capital por causa da universidade e hoje todas têm expectativas de que eu serei uma profissional respeitável, super importante. Sei que se eu não corresponder a isso vão falar e sei que muitas torcem contra... É difícil, mesmo que você não se importe com o que os outros acham ou te rotulam, querendo ou não a gente liga.

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  22. Eu também meio que sofri um bullying, por ser filho de professora e não gostar muito de futebol. Sempre fui tachado e rotulado, mas isso só serviu pra me aproximar mais de meus verdadeiros amigos que nunca tiveram essa besteira de rotular os outros e tal. Curti muito essa postagem, parabéns Suzanna!

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